quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Na boca do dragão

Me emociona o mar
e o gosto do seu sal
na minha língua.
A boca de dragão
que cresce sem cultivo,
o Hino Nacional.
O olhar de tristeza
de quem quer
que seja,
o riso desdentado,
da criança,

o andar arrastado
dos mais velhos.

Como uma gata na
coleira, eu me encolho 
aberta às sensações
alheias,
presa, de forma
irremediável,
a outros destinos
que também são meus
tal e qual o elo de
uma corrente
enferrujada
que range
o tempo todo.

Um comentário:

Suzelle Cavalcanti. disse...

não sabia que escrevia poemas , lindo!