sábado, 18 de setembro de 2010

De bóias e balsas




Para os que insistem em não admitir que 2 mais 2 são 4 e que matemática é a única ciência onde a dúvida passa longe, Zé Dirceu, um dos coordenadores e provável futuro tutor da provavel futura presidente Dilma, já escancarou e dá dicas nada sutis sobre o futuro da imprensa quand critica o “excesso de liberdade e de expressão”.
Quem sabe ler que dê uma olhada nos blogs e jornais de ontem. Se a imprensa publica inverdades que se abra processo e se aja de acordo com a lei que existe exatamente para isso. Mas, é mais fácil e conveniente para aqueles que odeiam a transparência e que provavelmente têm  coisas que não querem que venha a público, amordaçá-la. Se com a liberdade que temos hoje ocorrem tantas patifarias imaginemos o que pode acontecer com uma imprensa controlada. Quem era adulto , jovem ou adolescente durante  o regime militar certamente lembra de jornais, como o Estadão,que saía com partes das páginas em branco para mostrar que ali deveria estar uma matéria que foi censurada.
Na fala de Dirceu aos sindicalistas ( de sindicatos que em grande parte parecem “fazer parte” do governo, ele voltou a falar do controle social dos meios de comunicação e também que seu primeiro ano no governo será de luta contra os meios de comunicação. Vamos aproveitar enquanto a gente pode, e falar o que quiser no facebook ou em outras redes sociais. Será paranoia achar que ao fazermos comentários que não agradem o panteão podemos ter vários tipos de probelmas? Sera assim no regime militar; porque seria diferente? O autoritarismo  só tem um lado: o que está por cima.
Por falar em estar por cima, a fantasia cubana acabou ( já teria acabado há mais tempo se a imprensa de lá fosse livre,mas a realidade sempre acaba se impondo). O governo de Cuba admitiu que está com sérios problemas econômicos e já fala em demitir cerca de 1 milhão de funcionários públicos . O pior são as sugestões de trabalho para eles : criar coelhos, cortar cana,  dirigir balsas na Baía de Havana etc.... Não há mais nada para se fazer no país ? Haja balsa ( e bóias) para tanto náufragos.....

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O jeito que o povo dá é o lado positivo

Comentei recentemente no facebook sobre as propagandas do governo em relação ao número de empregos criados e as milhares de pessoas que passam o dia inteiro sob o sol, ou sob a chuva, carregando banners, bolas e outros materiais de propaganda para ganhar uma diária que suponho esteja em torno de R$20.
Fico com a maior pena quando eu passo e vejo homens e mulheres, de todas as idades, alguns até idosos, em pé, segurando um "pirulito" por exemplo. Cadê os milhões de empregos novos? Por que essa gente não está  nesses empregos?Acho isso degradante.
Hoje, me diverti, e, mais uma vez, tive a percepção da capacidade de adaptação do baiano.No canteiro que fica entre o Rio Vermelho, a Vasco, e a Garibaldi vi que o pessoal já deu o seu jeito de ganhar o dinheirinho sem se cansar muito. Uma daquelas bolonas com a cara e nome de um candidato estava amarrado a uma pedra (sim, uma pedra bastante pesada para que a bola não saísse voando) . Mais ao lado, um outro usou a placa que carregava plantando-a horizontalmente no chão para fazer sombra para ele pudesse tirar uma justa soneca. O grupo já tinha dado o seu "jeitinho" para  minimizar o tédio e o cansaço.  Me pareceu que o comportamento deles era bastante justificado, já que provavelmente os candidatos a quem serviam - pelo exemplo de políticos que a gente vê por aí - não eram muito chegados ao trabalho. Morri de rir. Quer dizer, vivi de rir.