sábado, 16 de abril de 2011

Rio e sensações

 
Depois de assistir o filme "Tio Boonmee que pode recordar suas vidas passadas", e sair revoltada por ter jogado R$ 8 fora (Sou casquinha mesmo e esse é um dos motivos pelos quais adoro Fernando Henrique) foi bom voltar ao Glauber Rocha para ver "Rio".

Que tio que nada...Filme chato, lento, imagens nubladas  (espero não estar com o mesmo problema da minha amiga Mariinha que passou um ano sem enxergar direito, pensando que era lente de contato e era catarata) e uma história que se prestava a várias interpretações, nenhuma interessante.

Mas, Rio conta uma historinha que além de ser educativa -fala do tráfico de aves- faz a alegria de pessoas sensoriais como eu. Muitas cores, muitas flores, vegetação exuberante e o Rio em toda a sua magnitude. Sérgio Mendes canta um dos temas do filme, que tem várias músicas brasileiras, e tem inclusive o funk - que não sei se é brasileiro, mas tenho certeza de que não é música.

Muito azul, inclusive o das ararinhas, e personagens encantadores como a garota que criou a arara macho e a sua alma gêmea, o ornitólogo brasileiro, dão suavidade e um romantismo à fita.

A parte do carnaval, no Sambódromo, é bem legal e a subida do bondinho para Santa Teresa cheia de ipês cor de rosa, ou acácias, ou cerejeiras cor de rosa (não deu para distinguir) é lindinha, lindinha....

Enfim, sem dúvida mais do que uma histórinha ecologicamente correta, Rio é uma apologia à Cidade Maravilhosa, e eu diria que, se por acaso tivesse tido um empurrãozinho do nosso Ministerio do Exterior, eles "mandaram" bem. E que se não teve a tal mãozinha, tivemos sorte. O filme é uma ótima propaganda para a cidade, apesar dos macaquinhos ladrões que roubam turistas e que deixam a platéia um tanto quando constrangida.

Acho que vou vê-lo novamente. Talvez até o compre para quando estiver com insônia. Boto meu Chopin (meu não, de George Sand )tiro o som do filme e fico com as imagens. Beleza pura, diria Caetano.

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