quinta-feira, 14 de março de 2013


Segundo ato nacional em Salvador terá presença de movimentos negros

Neste sábado, dia 16, vai acontecer às 14 horas, no Campo Grande, em Salvador, o segundo ato nacional de repúdio à permanência do Pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, em Brasília. Estarão presentes também representantes do Movimento Negro Unificado (MNU), do Olodum, do Fórum de Entidades Negras, da Coordenação Nacional de Entidades Negras e da Unegro. A participação foi confirmada em reunião das entidades na última quarta-feira (13).
“Repudiamos a presença desse deputado na Comissão. Nós, dos movimentos, sequer tivemos aprovado ainda o Estatuto da Igualdade Racial, luta antiga. Ele é um retrocesso em uma comissão de tamanha importância para o povo negro e brasileiro”, comenta Cristiano Lima, da Coordenação Nacional de Entidades Negras.
O político evangélico fundamentalista, com processo na Justiça por estelionato, afirma que o negro carrega uma maldição, que os gays são âncoras do diabo e defende um país orientado nos próprios princípios religiosos, pregando a desunião e desrespeitando o estado laico. 
No primeiro protesto ocorrido em Salvador, cerca de mil pessoas saíram do Farol da Barra ao Cristo com faixas e cartazes exigindo a igualdade racial, a diversidade social e a pluralidade religiosa. Para os manifestantes, o deputado não representa a família brasileira e baiana, formada por negros, mestiços, brancos, religiosos e ateus. Conselhos evangélicos, católicos e cristãos de todo o País também repudiam a conduta do deputado e pedem novo dirigente na CDHM no ato nacional marcado para este sábado em 22 cidades, entre elas as principais capitais.
Mau começo - Na primeira reunião da CDHM da Câmara Federal com o pastor à frente da comissão, no último dia 13, quarta-feira, o cenário foi de tumulto e troca de ofensas. Mesmo sem quórum suficiente para abrir a reunião, o deputado Feliciano quebrou o regimento e impediu a deputada Erica Kokay (PT-DF) de falar na sessão. Em seu twitter, o deputado federal Jean Wyllys postou: “Deputados do PSC agridem moralmente a deputada Erika Kokay na Com. Dir. Humanos, que tem seu direito de resposta proibido por @marcofeliciano”. Ignorou o repúdio de diversos setores da sociedade e não deu voz a deputados contrários.
Desrespeito - Mesmo depois de milhares de atos de repúdio no Brasil, no último final de semana, o deputado federal Marco Feliciano permaneceu na comissão de direitos humanos e minorias do Congresso Nacional, em Brasília, por decisão autoritária do Partido Social Cristão, no dia 12. O PSC não ouviu as vozes brasileiras que ecoaram nas ruas.
A manifestação nacional, desenvolvida inicialmente pelas redes sociais, luta por um país mais humano e justo, que respeita a diversidade religiosa, as minorias, as diferenças e os princípios universais de liberdade. O objetivo é gritar FORA Feliciano e exigir um presidente comprometido com os direitos humanos neste País plural.

Conen: Cristiano Lima – 8719-3114
MNU: Ney Pires – 9998-5252
Unegro: Jeronimo Silva – 99641711
GGB – Marcelo Cerqueira - 9989.4748 | 3322-2552
Edward MaCrae Antropólogo e Professor da Ufba – 3235-9113 e 8165-6565
João Jorge  (Casa Olodum) -  3321.5010 | 8874.3740
Janete catarino (produtora)  - 9111-1938
Hieros Vasconcelos (jornalista) 9341-4602

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Hieros Vasconcelos Rego
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